“Pentecostais são mais antipetistas que qualquer madame.”
Victor Araújo (2022, pg. 76)
“É importante garantir que a canalhice santificada, realizada e legitimada em nome de Deus, seja desmascarada para que, no futuro, não se repita como farsa.”
Andrea Dip (2018, pg. 140)
Uma estranha expressão espalhou-se pela sociedade brasileira nos últimos tempos: “terrivelmente evangélico”. É um termo que tornou-se moeda corrente e que pôde ser ouvido da boca de um presidente da república ao nomear um ministro do STF. Bolsonaro, ao comemorar a indicação do pastor André Mendonça à Suprema Corte, celebrando o triunfo do povo “terrivelmente evangélico”, é emblemático do que se passa nas altas esferas do poder palaciano. Mas um fato assim não pode ser isolado: é sintoma de algo gigantesco que se passa “nas bases” da população do Brasil.
Nosso país atravessa no século XXI depois de Cristo uma transformação em sua demografia religiosa de ampla magnitude: o país que outrora tinha ampla maioria de católicos tem vivenciado uma ascensão vertiginosa da população que se declara evangélica. “Entre 2000 e 2010, o número de cristãos evangélicos no país cresceu 61%, alcançando 22,2% (42.310.000) da população. Do total de evangélicos no Brasil, 57% (24 milhões) se declaravam pentecostais em 2010 (ano do último censo do IBGE).” (ARAÚJO: p. 41)
Este foguete em ascensão torna-se ainda mais impressionante quando levamos em consideração que “em 1980 apenas 3,9 milhões de brasileiros se declaravam evangélicos pentecostais”, o que significa que em 3 décadas, no ano de 2010, o número deles sextuplicou. Dez anos depois do censo do IBGE de 2010, o Datafolha averiguou novo incremento da população evangélica: esta saltou dos 22% medidos em 2010 para 30% em 2020.
Longe de homogênea, a população evangélica tem divisões internas consideráveis e algumas lideranças de esquerda (como os pastores Henrique Vieira e Ariovaldo Ramos), mas restam poucas dúvidas de que a maioria dos evangélicos é da vertente pentecostal, que esta “segue em crescimento exponencial e acelerado” e que este grupo tem se consolidado como ferozmente antipetista e antiesquerda. A tendência é que já em 2030 os católicos cessem de ser a denominação religiosa majoritária do país.
Como escreve Victor Araújo em seu livro A Religião Distrai Os Pobres? – O Voto Econômico de Joelhos Para a Moral e os Bons Costumes (Edições 70, 2020), “o Brasil de 2030 não será de maioria evangélica apenas, mas um país dominado pelo pentecostalismo. Vale lembrar que se trata de um grupo majoritariamente feminino, composto por não brancos, pobres, com escolaridade baixa e que moram nas periferias dos grandes centros urbanos.” (p. 23)
O livro de Victor Araújo sintetiza, em pouco mais de 100 páginas, sua tese de doutorado defendida na USP em 2019 e orientada pela professora Marta Arretche (que também assina o prefácio). A tese – repleta de gráficos e estatísticas – recebeu o Prêmio Capes na área de Ciência Política e Relações Internacionais, além da menção honrosa no prêmio de teses da Anpocs (click e acesse a tese na íntegra).
O livro é um deleite de ler por sua linguagem acessível e sucinta, na intenção de dialogar com um público mais amplo do que aquele da Academia e dos pesquisadores das ciências humanas. E vem a público após a vitória do candidato de extrema direita em 2018 – o que “escancarou o intenso processo de mobilização eleitoral promovido nos templos evangélicos”.
Sabemos que, além do aprisionamento do líder nas pesquisas de intenção de voto Lula, em 2018, um dos fatores cruciais para Jair Bolsonaro ter chegado ao posto supremo do Executivo federal foi o voto evangélico. O que não significa que devamos concluir que a população evangélica é homogênea ou uniforme. Pelo contrário, o autor deseja mostrar o “caráter diverso e multifacetado desse universo” e “confrontar as generalizações acerca do voto evangélico” (pg. 13).
A questão norteadora da pesquisa de Araújo, já explicitada pelo título, consiste em compreender os porquês do “voto econômico” ter caído “de joelhos para a moral e os bons costumes”. Em outras palavras: “por que uma parcela substantiva do eleitorado de baixa renda vota em políticos que não priorizam propostas redistributivas? O que leva eleitores pobres, altamente dependentes de políticas de transferência de renda para experimentar ascensão social, a não votarem por redistribuição?” (p. 28)
Trocando em miúdos, tenta-se elucidar o fenômeno do “pobre de direita”: como explicar que uma pessoa negra e favelada ofereça seu voto a um homem branco milionário ao invés de escolher como representante alguém com mais probabilidade de defender os interesses dos espoliados e oprimidos? A resposta certamente perpassa pela força ideológica da religião que, colonizando corações e mentes, pode fazer com que considerações econômicas sejam sobrepujadas por uma dogmática de conservadorismo moral. O autor, ao ponderar sobre o fato de que “os candidatos petistas jamais contaram com apoio majoritário do segmento evangélico pentecostal”, reflete:
“Que magnetismo é esse que afasta o eleitor pobre da possibilidade de votar por mais renda? ‘A moral e os bons costumes’ são, por excelência, os bastiões deste grupo religioso… A base doutrinária pentecostal estimula um comportamento individual fundado em um proselitismo de cunho fortemente moralizante. Se a graça e o poder de Deus são revelados apenas àqueles que atingem um certo nível de santidade, todos os não-crentes – ímpios, aqueles que não têm fé ou que tem desprezo pela religião – são necessariamente pecadores e se encontram distantes de Deus. Ou seja, os adeptos do pentecostalismo se enxergam como mais que guardiões de sua própria santidade: são praticamente corresponsáveis pela manutenção do padrão moral da sociedade como um todo.” (p. 35)
Nos últimos processos eleitorais, tornou-se explícito que a população evangélica pentecostal tem sido manobrada por pastores, através de templos e também de seus braços midiáticos (rádio, TV, revistas, livros e redes sociais), no sentido de repudiar o inimigo demonizado: projeta-se no PT o espectro de uma dissolução da “família tradicional brasileira”. Infelizmente, o livro de Victor Araújo em nenhum momento debruça-se sobre o fenômeno do pânico moral instilado por líderes religiosos nas massas que eles tratam como rebanhos, nem faz a crítica da falsificação inerente a estes pânicos.
Por exemplo, uma política pública de combate à homofobia, proposta por Haddad à frente do MEC, ou uma política voltada às mulheres vítimas de estupro que deveriam ter acesso à “pílula do dia seguinte” para que não engravidassem de seus estupradores, tal como proposto pela presidenta Dilma, são distorcidos pelo viés falsificador da ideologia evangélica e tornam-se os fantasmas causadores de pavor do kit gay ou do abortismo.
“Pastores pentecostais utilizam elementos bíblicos e fundamentação teológica para alterar a percepção moral de seus fiéis e colocá-los em oposição aos atores políticos com pautas progressistas. Assim, os partidos de esquerda tendem a ser punidos pelos eleitores pentecostais por defenderem uma agenda de costumes mais flexível, como a descriminalização das drogas e do aborto e a extensão do direito de matrimônio para casais homoafetivos.” (p. 37)
Há aqui um intrigante paradoxo, uma excruciante contradição: o “povo de Deus” que se julga defensor da moral e dos bons costumes acaba sendo o encarniçado defensor da homofobia e da transfobia, o opositor de direitos igualitários para as mulheres, o perpetrador de crimes de intolerância religiosa e de racismo contra os praticantes de religiões de matriz afro ou de expressões culturais conectadas à capoeira ou ao Hip Hop…
Para além disso, quando o “povo de Deus” adere a Jair Bolsonaro, chega ao cumúlo de mitificá-lo, pois este seria o defensor da “moral e dos bons costumes”, revela-se aí a visão distorcida e alucinada que possuem sobre os temas da ética. Já que toneladas de evidências comprovam que aquele que idolatram como “Mito” é moralmente lastimável nos parâmetros básicos da ética iluminista que preside aos Direitos Humanos universais: Bolsonaro é racista, homofóbico, misógino, elitista, e por décadas têm feito discursos de ódio e insuflado práticas homicidas contra os povos originários e quilombolas, contra os movimentos feministas e negros, contra os estudantes e professores lutando pela educação pública, pelos servidores públicos que demandam dignidade etc. É uma das poucas figuras públicas que idolatra torturadores dos anos de chumbo da ditadura.
“Como foi possível um candidato como Jair Bolsonaro, com falas e propostas contrárias aos direitos humanos e das mulheres, sagrar-se vitorioso nas eleições presidenciais?”, pergunta perplexo Vitor Araújo (p. 23). Não haveria sentido em supor um apoio a Jair que estivesse apenas nas classes economicamente mais favorecidas – os ricos são minoria numérica e jamais podem constituir maioria eleitoral em um sistema democrático de sufrágio universal. A esfinge envolve portanto a compreensão dos porquês do fato de que uma massa de pessoas economicamente desfavorecidas, submetidas às facetas mais cruéis da espoliação pela classe capitalista, não adere majoritariamente às plataformas do Partido dos Trabalhadores, por exemplo.
O antropólogo Ronaldo de Almeida e o sociólogo Rogério Barbosa ajudam-nos a compreender a posição social costumeira do cidadão evangélico pentecostal – “a persona representativa do grupo é um indivíduo de baixa renda que reside em áreas periféricas dos grandes centros urbanos… tendem a residir nas áreas com maior desigualdade de renda… 65% dos indivíduos pentecostais têm renda familiar de no máximo dois salários-mínimos… é significativo que apresentem menor nível de escolaridade: apenas 10% dos evangélicos pentecostais tinham ensino superior completo em 2010… as mulheres são o grupo majoritário nesse segmento religioso.” (Araújo, op cit, p. 47)
Para além destas características já elencadas – baixa renda e escolaridade, mulheres em maioria, moradia em periferias de grandes metrópoles etc. – há o elemento informacional em que os neopentecostais estão imersos: um “ecossistema” extremamente saturado por desinformação. Dados do ESEB de 2014 “evidenciam que os indivíduos de filiação evangélica pentecostal tendem a consumir menos informação em jornais impressos e digitais, assistir menos ao noticiário local ou nacional, bem como possuem menor predisposição para ouvir o noticiário via rádio. (…) O cenário que se desenha é de tendência à desinformação e suscetibilidade à influência de figuras poderosas e que transmitem confiança, como seus líderes religiosos…” (p. 47)
“Para o pesquisador e professor João Cezar de Castro Rocha, o Brasil assiste à consolidação das condições para a instauração de um estado totalitário fundamentalista religioso. Este é o propósito da extrema-direita brasileira, que compartilha as mesmas estratégias de seus aliados transnacionais: o uso das plataformas de mídias digitais para a produção da dissonância cognitiva coletiva, um Brasil paralelo, que fratura a espinha dorsal dos valores verdadeiramente cristãos e democráticos. É a opinião de Castro Rocha, ensaísta e professor titular de literatura comparada na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), autor de “Guerra cultural e retórica do ódio” (Editora Caminhos).” (ESTADO DE MINAS)
O quadro social aqui esboçado, abissal na sua complexidade, permite-nos afirmar que a fé e o fake estão no epicentro do processo eleitoral deste Outubro de 2022 (escrevo na véspera do 2o turno entre Lula e o Genocida). Em virtude duma escassez histórica de formação política oferecida aos cidadãos do Brasil, o exercício da cidadania se corroeu em vários pontos de nosso organismo social – justamente a população menos esclarecida pela educação pois excluída desta, justo quem mais se beneficiaria de um triunfo do “poder popular” que age em prol de justiça social e redistribuição de renda (bandeiras do PT), acaba aderindo à extrema-direita.
Suscetível a ser elo-na-corrente de uma campanha desinformadora e difamatória, esta população periférica colonizada pela direita é utilizada como rebanho-de-manobra pelas elites neofascistas BolsoTrumpicas. Esta fração gigante da população periférica pentecostal que tem fobia do comunismo caiu neste estado de temor diante do Espectro pois o evangelismo opressor ensinou-lhe a temer o comunismo como um demônio – e inculcou-lhe a ideia, absurda para quem conhece o mínimo sobre a político, de que o petismo seria um comunismo brasileiro pronto a nos transformar numa nova Cuba.
Como se não bastasse a ampla gama de ilusões e delírios que a ideologia religiosa já disseminada, esta população periférica-pentecostal está agora também mergulhada num caldo espesso de mentiras disseminada pela extrema-direita cristofascista. O ecosistema informacional da Internet brasileira está inundado por desinformação e difamação disseminados sobretudo pela direita e pelos neopentecostais. Eles estão fechadões com Bolsonaro – e vice-versa. Será um porvir dos mais caóticos.
CAPÍTULO DOIS: A BANCADA DA BÍBLIA GOVERNA EM NOME DE QUEM?
Pra compreender a fundo o “fator evangélico” no nosso Brasil de hoje podemos fazer uma abordagem de cúpula ou uma de base. O antropólogo Juliano Spyer, por exemplo, foi morar, lá em Salvador, em uma periferia onde podia vivenciar relações com pessoas e famílias evangélicas, tendo escrito em Povo de Deus uma obra antropológica atenta às bases sociais e também às singularidades e histórias-de-vida que não chegam ao Jornal Nacional.
A escolha é outra no caso da jornalista da Agência Pública, integrante da banda punk Charlotte Matou Um Cara, Andrea Dip – em seu excelente livro-reportagem, de prosa ágil e altamente informativa, ela quer compreender sobretudo o que se passa nas altas esferas, no Congresso Nacional, nas Cortes Supremas, nos Palácios e Ministérios de Brasília.
Publicado em 2018, o livro de Dip é um dos mais pertinentes para o desvelamento das engrenagens do poder teológico-político conexo à ascensão evangélica: Em nome de quem? A bancada evangélica e seu projeto de poder, publicado pela Civilização Brasileira, revela como o Congresso foi colonizado pelo pentecostalismo e assim ascendeu, dentre outras coisas, “o ataque aos direitos de grupos identitários (com as chamadas “cura gay”, “ideologia de gênero” e projetos antiaborto)”:
Um dos trechos mais interessantes e relevantes da obra da Dip é a crítica incisiva que ela faz à Teologia da Prosperidade e à Teologia do Domínio. Ela realiza nesta senda uma conversa com o sociólogo Ricardo Mariano (professor da FFLCH/USP), autor que soube bem destacar uma certo espírito xerifesco de domínio territorial que domina muitas lideranças evangélicas e que ajuda a explicar o triunfo eleitoral de muitos dos parlamentares que compõem aquilo que se chama oficialmente Frente Parlamentar Evangélica – o que conhecemos, em termos mais vulgares, como Bancada da Bíblia. Para Mariano, citado por Dip, os neopentecostais são “espíritos xerifescos, guardiões da moral de Deus na sociedade”:
“Prato cheio para os políticos evangélicos, a crença nos espíritos territoriais tem se prestado a uso eleitoreiro. Justificam seus defensores candidatos e cabos eleitorais que a eleição dos evangélicos para os altos postos políticos da nação trará bençãos sem fim à sociedade. Além de desalojar parlamentares infiéis, idólatras, macumbeiros e adeptos de práticas pagãs, parcialmente culpados pelas terríveis maldições que recaem sobre o país, os políticos evangélicos eleitos teriam a privilegiada oportunidade de poder interceder nos planos material e espiritual diretamente no próprio local onde se alojam poderosos demônios territoriais que tanto oprimem os brasileiros…” (MARIANO, apud DIP: 2018, p.92)
A SER CONTINUADO
Eduardo Carli de Moraes
Goiânia, 29-10-22
LEITURAS RECOMENDADAS: Agência Pública https://apublica.org/2021/08/grupos-da-igreja-no-whatsapp-sao-usados-para-disseminar-desinformacao-revela-pesquisa
EBOOK CAMINHOS DA DESINFORMAÇÃO: https://drive.google.com/file/d/1xl-5aqKfXmYeSPctboBoNqFzj_21yRHO/view
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAUJO, Victor. A Religião Distrai Os Pobres? – O Voto Econômico de Joelhos Para a Moral e os Bons Costumes (Edições 70, 2020).
CASTRO ROCHA, João Cézar. Guerra cultural e retórica do ódio. Ed. Caminhos.
DIP, Andrea. Em Nome De Quem? – A Bancada Evangélica e seu Projeto de Poder. Ed. Civilização Brasileira, 2018.
Publicado em: 29/10/22
De autoria: Eduardo Carli de Moraes
Sou cristão evangélico, formado em teologia.
A desinformação sobre o que é ser evangélico de vocês me assusta. Me assusta pelas frases:
fenômeno do “pobre de direita”: como explicar que uma pessoa negra e favelada ofereça seu voto a um homem branco milionário ao invés de escolher como representante alguém com mais probabilidade de defender os interesses dos espoliados e oprimidos?
Pobre não pode pensar então diferente de vcs?
“evidenciam que os indivíduos de filiação evangélica pentecostal tendem a consumir menos informação em jornais impressos e digitais, assistir menos ao noticiário local ou nacional, bem como possuem menor predisposição para ouvir o noticiário via rádio. (…) O cenário que se desenha é de tendência à desinformação e suscetibilidade à influência de figuras poderosas e que transmitem confiança, como seus líderes religiosos…”
Agora me esclareçam pobre consomem menos informações, por isto são dominados, mas eu estou confuso, vcs são a favor dos pobres, ou dos pobres que pensam como vcs? Se o pobre pensa diferente é pobre desqualificado?
“a persona representativa do grupo é um indivíduo de baixa renda que reside em áreas periféricas dos grandes centros urbanos… tendem a residir nas áreas com maior desigualdade de renda… 65% dos indivíduos pentecostais têm renda familiar de no máximo dois salários-mínimos… é significativo que apresentem menor nível de escolaridade: apenas 10% dos evangélicos pentecostais tinham ensino superior completo em 2010… as mulheres são o grupo majoritário nesse segmento religioso.”
Somos pobres, temos escolaridade baixa, somos mulheres, ganhamos pouco! Nunca vi tanta discriminação junta! Será que sofreríamos tamanho bullying se votássemos na esquerda? Quando o Macedo foi a favor do Lula vcs se manifestaram também?
Reportagem ruim, não dialogaram com os evangélicos, não entrevistaram, não conhecem o trabalho deles em presídios, hospitais, favelas e também na alta classe. Veem a única coisa que interessa: o voto!
Muito ruim
Enquanto evangélico conheço nossos erros, mas vcs não sabem nada sobre o ser evangélico, leram livros sem ir a campo. Ciência se constrói experimentando as teses e não lendo livros de gente que só escreve, mas não conhece o povo em si e não foi a campo falar e dialogar com as pessoas que vcs chamam de pobres, iletrados, analfabetos políticos etc.
Indignado!
A Casa de Vidro Ponto de Cultura e Centro de Mídia
Indiginado
Comentou em 01/12/22